Aqui é um espaço para eu viver minha Sombra (na acepção de Jung) de uma forma criativa.
E isso será feito por meio da escrita de contos policiais e de suspense.

sábado, 1 de janeiro de 2011

A maldição cigana

- Onde... está... o... Igor? - perguntou o moribundo, com o resto de voz que ainda conseguia emitir.

Os três ciganos olharam ao redor do quarto daquela tenda. Não encontraram Igor. E ficaram preocupados. A mãe de Igor se aproximou do velho, inclinou a cabeça e lhe fez um carinho.

- Em breve ele chegará, papai...

Com esforço sobre-humano, o cigano doente disse:

- Eu... estou... prestes... a... morrer. É... chegado... o momento de... Igor participar... do ritual de... minha... passagem. - Respirou fundo, com dificuldade. 

A tia e o tio de Igor também se aproximaram um pouco mais. Eles não souberam o que responder ao avô de Igor. Pensaram em procurar o adolescente. Porém, nenhum deles poderia sair do quarto naquele derradeiro momento com o ancião cigano. A qualquer instante, a morte se faria presente.

A preocupação foi maior quando ouviram a pergunta do cigano-chefe:

- Onde... está... o... punhal?
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